“Quero viver na minha casa” um desafio para as comunidades do interior no contexto do ageing in place
DOI:
https://doi.org/10.46691/es.vi.97Palavras-chave:
ageing in place, residência, comunidadeResumo
O objetivo do presente estudo é identificar as preferências de residência futura das pessoas idosas. O local de residência é um importante fator na manutenção das vivências na comunidade. Em Portugal as alternativas à institucionalização são escassas e pouco conhecidas e o conceito de Ageing in Place está pouco explorado. Quando, por razões de saúde ou sociais, permanecer na habitação depende de respostas individualizadas adequadas, desenvolver novas políticas e serviços alternativos à institucionalização é hoje uma tarefa urgente, que responda às preferências de residência. Apresenta-se um estudo descritivo e exploratório com dados do projeto Persoparage, com 484 sujeitos dos 55 aos 99 anos a viver na comunidade. É feita uma análise de variáveis sociodemográficas e de perguntas relacionadas com as preferências de residência no futuro. As opções de resposta foram organizadas em 3 categorias (na própria residência/noutra residência/em instituição) e as respostas permitiam a escolha ordenada de 3 opções. As primeiras opções de residência foram na própria casa para 95,8% da amostra. Independentemente da idade, sexo, estado civil ou outras variáveis sociodemográficas esta opção foi escolhida pelos sujeitos em valores entre um mínimo de 92,4% (para os sujeitos viúvos) e de 100% (solteiros). As preferências enunciadas pelos sujeitos do estudo apontam indiscutivelmente para o desejo de se manterem na sua casa e na sua comunidade, revelando um claro alinhamento com o conceito de Ageing in Place.
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