O uso da água na agricultura em Portugal Parte II – aspectos ambientais da agricultura de regadio

Autores

  • António Duarte Professor Adjunto da Escola Superior Agrária/Instituto Politécnico de Castelo Branco, Doutor em Agronomia pela Universidade de Córdoba (Espanha), Investigador do Centro de Estudos GEOBIOTEC (Polo da Universidade da Beira Interior).
  • Amparo Navarro Professor Titular da Universidad Miguel Hernández/Escuela Politécnica Superior de Orihuela (Espanha), Doutor em Economia Agrária (Espanha), Membro do Grupo Investigador em Água e Energia para uma Agricultura Sustentável (AEAS-UMH) (Espanha).

DOI:

https://doi.org/10.46691/es.v2i27.127

Palavras-chave:

agricultura de regadio, aspetos ambientais, qualidade da água, contaminante sais, azoto e fósforo

Resumo

A atividade agrícola de regadio está associada à utilização massiva de fertilizantes e outros agroquímicos, devendo ter responsavelmente implícita o consumo moderado e eficiente da água, bem como a conservação da sua qualidade depois de usada e lançada novamente no meio hídrico. O objetivo deste estudo é avaliar a forma como evolui a concentração de sais, azoto nítrico e amoniacal em duas campanhas de rega, bem a sua carga contaminante relacionada com o volume de fluxos de retorno. A bacia hidrográfica de estudo situa-se no concelho de Idanha-a-Nova, estando incluída no Aproveitamento Hidroagrícola da Campina da Idanha. Apresenta uma área de 189 hectares, os declives mais representativos variam entre 0 e 4%, os solos maioritariamente presentes são das categorias dos Cambisols e Luvisols, e as culturas de regadio são sobretudo tabaco, milho e sorgo. Uma estação hidrométrica e de qualidade da água assegura a avaliação do escoamento e da concentração dos contaminantes sais e azoto. A qualidade dos fluxos de retorno relativamente aos contaminantes em estudo, ainda que ligeiramente diminuída, fica longe de comprometer o seu uso a jusante, deixando perceber que se a água derivada para a atividade agrícola for de boa qualidade, esta não é significativamente degradada quando usada e lançada novamente no meio hídrico. As características de solubilidade e mobilidade dos contaminantes, a sua disponibilidade no solo, bem como o volume dos fluxos de retorno, determinam a dinâmica destes contaminantes ao nível de uma pequena bacia hidrográfica de regadio.

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Publicado

2020-06-30

Como Citar

Duarte, A., & Navarro, A. (2020). O uso da água na agricultura em Portugal Parte II – aspectos ambientais da agricultura de regadio. Egitania Sciencia, 2(27), 185–214. https://doi.org/10.46691/es.v2i27.127

Edição

Secção

Artigos